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Obras de arte ajudam a compor ambientes, fazendo com que eles adquiram ainda mais personalidade

Obras de arte não são necessariamente produzidas para se tornarem objetos decorativos, mas sempre que uma delas entra em cena no design de um ambiente a tendência é que o espaço cresça conceitualmente, ganhando mais personalidade. Na Mostra Casa&Cia deste ano não é diferente: são essas peças, sejam elas pinturas de renomados artistas ou ensaios fotográficos produzidos sob medida, que agregam singularidade e valor histórico aos projetos. É difícil encontrar ambientes que não contenham pelo menos um item de valor imaterial, ou seja, cuja criação leve a assinatura de um profissional da arte ou que possua valor por sua origem peculiar, como as peças de antiquário. Os exemplares vão desde esculturas e telas a grafites e instalações, como a Você Tem Fome de Quê?. Montada sobre a mesa de jantar do Espaço Contemplare, das decoradoras Claudia Couto e Renata Régis, a obra de Sara Ramos cria uma composição inusitada, em contraste aos pratos tradicionais. — Quisemos fugir do convencional, colocando obras de arte em vez de simples objetos decorativos. Sempre que a arte entra no projeto, o conjunto do trabalho se valoriza — afirma Claudia Couto, designer do ambiente que conta ainda com outras obras de Sara e telas de Rubens Oestroem. No Go Home, projetado para ser um misto de escritório e residência, a arquiteta Radigiane Modernel optou por incluir o trabalho da fotógrafa Betinha Trevisan. Na peça, imagens de árvores mortas trabalhadas em tons néon abordam os conceitos de vida, morte e natureza.

— É um trabalho de muita força, que aparece no escuro e interage com o noturno. Para mim, toda obra de arte agrega valor ao espaço, tanto culturalmente quanto pela relação de intimidade — descreve a arquiteta.

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